quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Enfim...
Lá fora Chora o Céu
Minha Alma se afoga
Ardem os Olhos do Mundo
Enquanto morre a Alma
Sufocada, Asfixiada
Nas Lagrimas do Mundo
Que choveram em mim
Na chuva lá fora
Que chorou por mim...
...enfim.
(Jay The Butterfly))
sábado, 25 de dezembro de 2010
Dedicado a Você...
Deus é Amor e Amar nunca é demais
Deus é algo dentro de Nós que venceu o corpo e a mente
Paz interior é a chave...
nada nos separa do NADA
Libere seu Amor sem medo de recupera-lo, assim quer Deus
Somos Todos Iguais...
Inteligencia é se observar sem se julgar
Elevando o espirito pra vencer finalmente o EGO
Somos Todos iguais...
O que nos define não é o corpo e a mente e sim a consciencia de que...
...existimos.
O que é Deus? Deus não pode ser definido...
Mas pra mim é a consciencia infinita
Meu mundoestá na minha cabeça e a guerra sempre começa dentro de nós
Amor é Deus Manifestado
O ABC que mais gosto
Amor,Bondade e Compaixão
Nós Somos e sempre seremos um só
Amar o proximo como a mim mesmo
Não existiriam guerras assim se todos
não fossem tão egoistas em ter, Sere Possuir
Somos diferentes por fora e iguais por dentro
AMor...o que me fez e te fez, fez todo o universo e
Somos feitos da mesma coisa...
((Jay The Butterfly))
Alter Ego Bizarro da Janaina Santos
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Lamurias
Já não agüento mais...
Tantas palavras, tantas ações...
De nada adiantam
Meu inferno acontece há 20 anos!
Por quantos mais passarei nele?
O que tenho que fazer para que isso acabe?
Me dói só de pensar...
Já morri tantas vezes
Tantas vezes renasci
Como quando era criança
E esperava ela voltar
Fechei meus olhos
E quando dei por mim
Esperava fielmente que ela partisse
O que eu faço?
Meus pedidos não são atendidos
E minha lamurias n são mais ouvidas
Ecoam dentro de mim
E dentro de mim minha alma morre
Dia após dia, grito após grito
Dissolve minha consciência
E me mata... me humilha... me diminui...
Hoje já não consigo sorrir
Não debaixo desse teto
Olhando a face do demônio
Cada manhã...
Cada tarde...
Cada noite...
Meu espírito sente dor!
Me tira, alguém, desse padecer!
Estou cansado de fechar meus olhos
E ver que morri mais um pouco...
(Lucas Della Iglezia)
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Não há título, Fiz p/ ti a quem pertence meu coração!
Enfeitando o vibrante azul do céu
Colorindo as nuvens num tom alaranjado;
A brisa soprava dentro do meu ventre.
Entre perguntas e sorrisos,
Desvios e negações.
Foi a frieza daquelas palavras,
Me fez parar o olhar.
Uma face tão expressiva,
Quanto quadrinhos sem imagens,
Como um pássaro em cativeiro,
Como Guns sem Slash,
Saber sem Emya.
O sorriso pousava
Sempre no mesmo canto dos lábios,
Havia pintas na sua pele de mármore.
Suas vestes lembravam
Um tempo de repressão.
Foi como ver a mim
Em outra versão.
Sua pretensão, o fez
Desacertar aquela questão.
Erro que fez de cada dia
Uma nova canção.
Foram inúmeras as noites
Que me afastaste o sono.
Em uma delas me falou
Sobre os ciscos nos seus olhos.
Ao despedir do luar
Esperava ansiosa
Para ver o que não se fazia notar.
Era para ser uma noite
mais escura que o normal,
mas com facilidade tudo se via.
E o som medieval foi substituído
Por pop rock nacional.
Lentamente senti o calor
Que jamais esqueceria,
Os lábios que sempre desejaria,
O abraço pelo qual suplicaria.
A partir de então a Av. Paulista
Tornou – se testemunha
Daquilo, cujo surgimento
É inexplicável.
Apresentou – me o melhor som do mundo,
Deixou-me ver o brilho
Dos seus olhos castanhos
E tocar seus intocáveis cabelos.
Foste a tela, fui o pincel,
Pintamos um pôr do sol ao leste.
Foste o torno, fui a argila
Esculpimos o Arthur e a Sophia.
Foste o regente, fui a batuta,
Regemos lágrimas e sorrisos.
Como “John Stockwell”,
Dirigimos gargalhadas e gritos.
E hoje neste dia nublado,
Ao som de Chico Buarque
Estás nos cantos da minha casa.
Na janela do meu quarto,
No sofá,
Na caixa de sucrilhos,
Nos ovos mexidos,
No toque do meu celular.
Descobri o que manchou
as páginas do meu livro,
Foram as lembranças
Do seu pulsar, do seu amar,
Da vida sobre o seu olhar.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Morte do Lacaio
Quando o lacaio n serve mais
É jogado na masmorra
Deixado para que os ratos comam-no
Por que me preocupei tanto?
Nada bastou
De nada adiantou
Tudo passou como um desenho na areia...
E assim caminhamos, e assim escrevíamos
Enquanto estava todo dia ao seu dispor
Você me amava, me dizia coisas mil
Mas chegou...
Chegou o dia que eu n podia mais
Não podia mais o dia inteiro deitar-me aos teus pés
Mas você não entendeu
Você realmente nunca entendeu
Sei que sempre fez por onde
Não omito isso da minha vida como você o fez
Mas você não entende que
Por mais que eu tente
Não consigo levar minha rotina como você levava a sua
Mesmo assim você ficou fadigada
Pra você acabou
E como um assassino mentiroso
Me matou e disse que era suicídio
Tanto faz... Não era pra dar certo
Infelizmente... Infelizmente
Infelizmente porque fiz muito por ti
E nada foi reconhecido
Foi tudo em vão
Tudo em vão
Porque agora não quer mais nada
Agora eu já sou um nada
Se não for cruel o suficiente, responda
Quantas vezes te dei a mão quando precisou?
Quantas vezes te fiz carinho quando me pediu?
E quando não pediu?
Quantas vezes não sequei suas lagrimas com meus lábios?
Ou quantas vezes te fiz rir com minha face?
Quantas vezes pintei o céu pra ti?
Quantas vezes vimos o por do sol ao leste?
Não tenho tempo
Não tenho paciência
Posso n ter a virtude de falar ao telefone
Mas tenho amor
E infelizmente, mas muito infelizmente
Meu coração te escolheu pra ser amada.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Confuso
Naquele fim de noite
Quando nada mais faz sentido
Quando não se tem mais nada para fazer
E Morpheus não dá as caras
Fico pensando no que é certo
No que é preciso fazer
Se tenho realmente que fazer
Se estou fazendo o que quero
Se estou fazendo do jeito certo
O que tem que dar certo no final
Sempre da certo
Não!
Deve-se correr atrás das coisas
Para que de certo
Mas atrás do que?
Nem sei por que eu quero correr...
É difícil!
Me sinto bem
Mas me sinto tão mal
É confuso
É estranho
É chato demais
Chato demais não saber o porquê
Chato demais se sentir assim
Confuso
terça-feira, 31 de agosto de 2010
"Demo" Monopolizado
vejo sendo abafado todos esses
suspiros de dor com a música dos anjos.
O azul suave do céu de vinte e três
de setembro está coberto por um
véu de luto.
Luto para alguns, fruto da exploração
de muitos para deleite de poucos,
e assim a vida flutua ao som
dos anjos.
Força de trabalho para muitos,
Mão de obra para poucos,
“Poucos muitos”
“Muitos poucos”
“Poucos são muitos”
“Muitos são tão poucos que não são quase nada.”
No jogo da vida é assim:
Somos os peões que vestem o véu,
para não contrastar com as sedas
das grandes damas.
O Deus que eles criaram: É nosso!
O executivo legislando: Para nós!
Suas vestes: São lindas!
Seus cabelos: Lisos e sedosos!
Escravos do Deus moeda
cantam, abafam os suspiros
de dor de muitos com o
canto ensinado pelos “poucos.”
“Poucos muitos”
“Muitos poucos”
“Poucos são muitos”
“Muitos são tão poucos que não são quase nada,”
Mas todos amam o poder nas mãos do povo.
Suplica de um amante desesperado
És sem dúvida o meu castigo divino
de tão profundo que era me perdi,
me esqueci, me esqueceram.
Violentei o seu límbico e ainda
insistes em manter - me viva,
sabes que isto não é vida.
Não, não me deixem
em branco e preto;
a vida é colorida!
Prefiro a distanásia
a ortotanásia.
Se não for possível
desliguem os aparelhos,
o preço do seu prazer
Já foi acertado.
Ainda vejo no seu semblante
desesperado, refletido sobre
esse dia de verão nublado
o quanto o sistema
deste amor é falho.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Fall at your feet - Crowded House
I'm really close tonight
And I feel like I'm moving inside her
Lying in the dark
I think that I'm beginning to know her
Let it go
I'll be there when you call
Whenever I fall at your feet
And you let your tears rain down on me
Whenever I touch your slow turning pain
You're hiding from me now
There's something in the way that you're talking
The words don't sound right
But I hear them all moving inside you
Go, I'll be waiting when you call
Whenever I fall at your feet
And you let your tears rain down on me
Whenever I touch your slow turning pain
The finger of blame has turned upon itself
And I'm more than willing to offer myself
Do you want my presence or need my help
Who knows where that might lead
I fall at your feet
And you let your tears rain down on me
Whenever I fall
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Impossível
Muitas jornadas
Assim é o seu caminho
A canção se leva nessa toada
A banda toca nesse compasso
O rei dita as regras
O deputado lança seu voto
E começam as guerras
Eu te amo
Eles te amam
Porem me amam também
Acho que cheguei tarde demais
Porque o Sol nunca alcança a Lua
Assim penso de mim
E vou viver nessa vontade
Vontade que levarei até o fim
O som do mar está distante
Por mais que possa escutá-lo
O seu rosto está tão longe
Por mais que eu possa tocá-lo
Assim vai ser
E assim sempre será
Porque o que não pode acontecer
Jamais acontecerá.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Milo Manara
Esse desenho em particular me chama a atenção pois sintetiza bem a história humana e no que ela se baseia: sexo e guerras!
Procurem conhecer mais do grande artista que é Milo Manara ;)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Musica noturna
Aquela musica toca de novo
Aquela frase ecoa na minha cabeça
Apenas pensamentos surgem
E vão indo...
Quanto tempo mais a noite dura?
Quanto tempo mais pensarei em você?
Quero somente sentar
Tocar aquela canção
Escrever aquele poema
E sentir o cheiro da noite
Porque aquela musica ainda toca
Dia após dia, noite após noite
Eu danço, eu canto, sento e me levanto de novo
E de novo e de novo, pulando e sambando
E cantando aquela velha e conhecida canção
Deito exausto
Ainda escutando o som que me embalou a noite toda
Ainda sentido o pulsar do coração
Ouvindo aquela musica maravilhosa
Musica essa que se chama paixão
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Beba!
Mas beba até o ultimo gole
Será que você agüenta uma dose de vodka?
Será que tuas pernas te agüentam?
Será que tuas pernas me agüentam?
Te levarei pra minha casa mulher
É lá que você passa essa noite
É lá que você conhece o meu estilo
É lá onde você deixa uma parte sua
Beba comigo!
Me acompanhe!
Me excite!
Se apaixone!
E depois implore!
E me beije!
E sussurre!
Enlouqueça!
E depois fuja!
Mas volte!
Volte e beba mais comigo
Quando suas pernas estiverem fortes
Quando seu coração estiver partido.
Lua
Isso me faz bem
O silencio me faz bem
O escuro me faz bem
Ao mesmo tempo me sinto tão mal...
Você me chama de sentimental
Diz que tenho falta de carinho
Me de carinho
Me de afeto!
Só isso que te peço
É disso que preciso
Hoje eu vi a Lua
Ela logo ficou encoberta
Minha vida se esvaeceu
Meu amor se escondeu
E ontem, quando tudo era simples
Quando tudo era mágico pra nós
Não volta nunca mais
E a Lua continua escondida
Sem data para reaparecer
domingo, 18 de julho de 2010
Ocupado
Cantando uma canção
Tocando meu violão
Estudando meus objetivos
Estou ocupado demais
Para tudo, para todos
Estou ausente às vezes
Presentes às vezes
Estou escrevendo aquela canção
Estou pensando naquele poema
Tirando palavras do meu coração
Mostrando meus sentimentos no papel
Por isso não fale comigo
Estou ocupado
Ocupado demais para tudo
Ocupado para ouvir alem do que já ouço
Mas não pense que estou ocupado para ti
Mas saiba que me ocupo por ti
Aquela canção que canto é para você
Aquele poema do meu coração é para você
Jogo palavras ao vento, bem distribuídas
Bem utilizadas, bem planejadas...
Por você
Para você
Estou ocupado com meu futuro
Para assim construirmos nosso futuro
Estou ocupado
Bem ocupado, ocupado para o bem
Termino de cantar aquela canção
Que me ocupa
E canto outra
E cantarei mil mais
Até o dia que terei realmente meu tempo livre
Nosso tempo livre
sábado, 17 de julho de 2010
Inimigo pessoal
Que se foda!
A bebida apaga as tristezas!
Como uma borracha na vida do ser humano
Isso é o álcool
Bebida mágica
Que faz os corações dos puros
Cheios de bondade e afeto
Se tornarem negros e mostrarem
Dentro de si
A sua pior essência
Vil é teu nome, doce é teu apelido
Aliás, doce é o que ela faz na vida de alguém
Quando você esquece as amarguras da vida
E a usa para adocicá-la mais... e mais!
Só assim, quando bebo
Sinto-me forte
Com vigor
Com coragem para enfrentar
Aquilo que não se pode enfrentar
Mas seu efeito passa...
Sua coragem desaparece
E você percebe que vai viver aquilo sempre
E sempre você vai perder
Vai perder porque é um humano
Derrotado e humilhado
Comprado e dominado
Sem fim nem destino
Dana-te homem!
Torna-te algo bem para si mesmo
Porque no final da sua vida miserável
Tudo o que você terá é somente você
E no final
Quando a guerra da vida acaba
O ultimo inimigo que você tem que enfrentar
É você mesmo
terça-feira, 29 de junho de 2010
O canto do Pardal
Não sei onde
Não sei com quem...
Preciso dar acalento à minh’alma
Dar conforto ao meu espírito
Preciso de paz
Preciso de abrigo...
Sinto-me perdido
Melancólico, choroso...
O pássaro sem asas
Não voa mais...
Aquele pardal não é mais bem quisto
Aquele que um dia habitou tua gaiola
Aquele que um dia cantou para ti
O canto não é mais o mesmo
Não toca mais teu coração
A alma agora dói
A liberdade engana muito
Porque um pardal triste
Não canta mais
Um pássaro vagabundo
Será pra sempre vagabundo...
Vozes mortas
Ouço vozes mortas...
Que não me deixam em paz
Penso na morte
Penso em ficar só
Na morte de todos ao redor
Morte real ou simbólica...
Quero morrer antes de todos!
Quero ter paz no meu coração
Quero me livrar da humilhação
E das amarras da vida!
Não consigo dormir...
...ouço vozes mortas
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Mais próximo que a própria alma
Não deveria ser tão difícil,
não quando o objeto de desejo
está mais próximo
que sua própria alma,
e mais certo que o
repouso eterno.
Somos o nosso próprio castigo
estamos fadados a implorar
todos os dias pelo
veneno que não mata,
e a esperar ansiosamente
o desassossego.
Caminhamos de olhos vendados,
procurando o que está mais próximo
que o calor do nosso corpo.
Como um casulo oco é a nossa vida,
nos perdemos na liberdade,
e a nossa única imagem,
deve estar escondida atrás
de alguma estrela.
Vivemos com a esperança
de que a vida volte a nos fazer
companhia.
terça-feira, 15 de junho de 2010
Surdo para conselhos, cego para caminhos
Porque me dizes o que fazer se sei de tudo?
Quando eu saio sozinho sei exatamente o que vai acontecer
Quando estou com meus amigos, sei realmente quem são
Porque não me deixas pai, por quê?
Dane-se seus conceitos velho!
Dane-se tudo o que diz pra mim!
Não quero saber de nada
Sou dono da minha cabeça
Dono do meu caminhar!
Quem me dera n ter dito isso
Quem me dera voltar atrás
Veria que ele estava certo
Veria que errei gravemente
Porque não te ouvi antes?
Antes de o mal acontecer
Antes da luz apagar
Antes do meu mundo morrer...
Agora isso dói
Agora isso sangra
E sangrando vou vivendo
Sem ouvir seus conselhos
Conselhos esses que desprezei veemente...
Porque agora sei que não é fácil
Sei que você era serio
Sei que me amava
Sei que se preocupava
Se que me cuidava
Agora, perdido
Procuro de novo as migalhas que você sempre jogou
Mas que eu sempre enterrei
Procuro de novo o caminho
Que você sempre mostrou
Procuro de novo a vida
Procuro de novo a paz...
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Sampa para os meus versos
São Paulo onde o céu é cinza
e há estrelas no chão
não para, acompanha majestosa
o ritmo da nação.
País de um país,
reflexo do progresso
e sobre a tela do mesmo,
um horizonte se encolhe
um invasor cutuca as estrelas,
que protestam
nos privando de sua beleza.
Nas orquestras, um canto pra alma,
nos palcos dos teatros,
o real e o ilusório
entrelaçam-se
nessa hora são amantes.
Nas grandes telas, a vida é encenada,
e a mãe Sampa que acolhe,
vitrine dos colarinhos,
anfitriã das culturas.
Possui como figurantes,
Pequeninos atuando no cenário da miséria.
Em troca, lhes são dados anos,
para acrescentarem á sua pobre vida juvenil.
Sampa do amor,
Sampa do pavor,
Sampa do encanto,
Sampa do pranto,
Sampa para os meus versos.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Olhares
Cruel demais para nossos olhos
Esses mesmos olhos de mães
Olhos que cuidam e acalentam
Olhos que vem para nos dar conforto
E paz
Olhos que não existem mais
Esses olhos de crianças
Crianças que não choram de alegria
Crianças que não choram de surpresa
Com um belo presente em mãos
Crianças que choram de desespero
Crianças que choram de dor
Esses olhos trabalhadores
Cansados, famintos
Sedentos por paz, saúde, dignidade
Sedentos pela felicidade que
Outrora presente
Agora se encontra ausente
Olhares fraternos, olhares sinceros
Olhares humanos
Olhares esses que não possuímos mais
Somos frios, desumanos, cruéis
Cruéis demais para enxergarmos
Com esses mesmos olhos que cegamos
O fim para o qual caminhamos...
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Pátria que sangra
De boca fechada, vi o chão manchado de sangue
De sangue está suja a minha Pátria!
E o último suspiro, é um grito de desabafo...
Só resta a mesma trajetória falha
A mesma rotina triste e desumana.
Todos nós temos o mesmo sangue,
Sangue latino, sangue brasileiro
Sangue dependente, sangue desmerecido
Sangue que mancha as calçadas
Sangue transparente que ninguém vê.
Eu clamo por aqueles que tiveram as vozes caladas.
Até quando irão matar os meus irmãos?
Novas caras, novos projetos
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Amigo noir
Na escuridão estrelada da noite
Você parou, me esperando talvez
Eu continuo te seguindo
Lembro daquele momento distante
Tão distante quanto a Lua
Onde éramos mais que dois
Éramos um
De repente você vira
O véu da noite se vê manchado
Meu peito agora esta furado
E minha vitalidade por ele escorre
Meu irmão, meu amigo
Esse tiro não só matou meu corpo
Mas também meu espírito
Aquele espírito que encontrou ajuda
Amparo e afeto
Somente contigo
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Tão francês...
Não sei se é pelo fato do PB, ou se é pela composição da foto ou simplesmente pela garota descabelada acordando com um cigarro aceso... Tipico francês...
Curto muito!
Obs: a garota da foto se chama Charlotte Gainsbourg, filha do musico e poeta Serge Gainsbourg e da atriz Jane Birkin... Ouçam, vale a pena!
sábado, 8 de maio de 2010
Saudade eterna
Falar contigo, pelo menos um “oi”
Mas você não veio
Mas você não está comigo
Sinto tua presença
Sinto seu sorriso
Sinto suas palavras
Sinto tua vida
Mesmo assim não te sinto
Você é distante
Você é distante
Como é ruim essa distancia!
Mas porque eu fico assim?
Tão longe de mim
E eu continuo assim?
Culpa tua!
Quem manda ser maravilhosa?
Quem manda ser esperta?
Quem manda ser linda?
Quem manda ser diferente?
Porque tudo na vida tem jeito
E nós não podemos ter?
Me diz, pelo menos uma vez
Quando vamos nos encontrar
E me de a esperança de
Quando lhe encontrar
Poder finalmente me aconchegar
Nos braços teus.
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Dama da cidade
Me chama como se precisasse de mim
Me alucina como se eu fosse louco
Me embriaga como se eu fosse bêbado
Meretriz das noites escondidas
Pintada de noir e de brilhantes mil
Meu sangue gela nas veias
Minha cabeça fica em você
Por mais que eu ande
Por mais que conheça outras
Você me conhece bem
Você mostra o que tem
E sabe que me convence
E sabe que eu sou teu
Porque quando eu morrer
Você vai continuar viva
E quando eu partir
Você ainda vai ficar
E todos, todos vão usufruir de você
Porque você não é de ninguém
Porque você é de todos
E todos querem tua alegria
Todos querem correr riscos contigo
Porque a vida só é boa quando entro em ti
E dentro de ti me sinto realizado
Dama da noite
Perigo oculto
Garota de diversões
Deusa iluminada
sábado, 1 de maio de 2010
Renascer
Acalenta o coração daquele que sofre
Faz renascer a fênix
Decaída pelas dores da vida
Ao mesmo tempo é assombrosa
Remete-nos ao desconhecido
Faz-nos pensar, chorar e refletir
Com medo, com raiva, com medo
Mesmo assim acredito na morte
Salvação da minha alma
Que sangra loucamente
Esperando, clamando pela morte
A fênix dentro de mim pede para renascer
Ponha fogo no meu coração!
Mate esse câncer dentro de mim!
E só então me tornarei uma pessoa melhor
E só então conseguirei ser feliz
Palavras em um metrô
Pelo mar de gente
Pelas ondas de tortura
Física e mental
Você apareceu
Diante dos meus olhos
E diante do teu sorriso
Perdi meu sofrimento
Deidade grega perdida no mundo!
De tão lindo que é teu corpo
Seus braços e tua tez
Sei que perdi de vez
A cabeça por um momento
Sinto até agora
Sua imagem em mim
e no meio da noite
ainda sinto que terei
mesmo que em sonho
uma visita no meu apartamento
fiz assim um juramento
ao ter tido, no furor de águas
águas jamais sentidas
o encontro com uma figura suprema
Juramento esse que digo hoje
Que por mais que eu queira
E por mais que me obriguem
Senti por ti
Algo que eu nunca senti
E juro, não irei me refrear
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Reconstruir o amor
Acaba-se então a vida
Nosso apartamento desmoronado
Arrasado pelo tempo e pelas pragas
Porque não mudamos de apartamento?
Querida, nossa vida continua
pelo amor de Deus
reconstruamos nosso lar!
Assim diz o gênio Zaratustra
que o amor e a justiça nos levam
ao caminho do bem
ao nosso caminho do bem
Torno-me então um revolucionário
e carregando uma bandeira de dor
e arrependimento
conduzo massas de bons sentimentos
para reconquistar assim seu coração
Um a um, tom por tom
fazendo um desafio para a própria vida
procuro novamente... loucamente!
encontrar a salvação
Me de a salvação!
me de o seu amor!
só assim saberei o quanto sou digno
e capaz serei de nosso lar
enfim reconstruir.
domingo, 4 de abril de 2010
Perdido
Nos ares descabidos desse mundo
Não encontro meu caminho
Não encontro minha vida
Sem algo pra me guiar
Sem uma luz para seguir
Eu caminho como um cego
Esperando a hora de partir
Porque a vida é incerta
E certeza é algo que na me resta
Nada mais me faz sentido
Nem tenho ao menos uma promessa
Num futuro distante tento chegar
De um passado breve eu tento escapar
Quanto mais corro da escuridão
Mais perdido eu me encontro
E passando mais uma vez no mesmo lugar
Tentando ao menos enxergar
Cada vez mais eu tenho certeza
Que não tenho nenhum lugar para chegar
sábado, 3 de abril de 2010
Quando eu dominava o mundo
Foi assim que aconteceu
Terras tremiam onde eu passava
Ondas subiam quando no mar eu chegava
O norte e o sul se uniam ao meu favor
E quando ventava, o mesmo me carregava
Para onde eu queria ir
Para onde eu ordenava
Tudo isso acontecia
Tudo isso vibrava
Quando eu dominava minha vida
Quando eu dominava o mundo
Nada tem sentido
Nada tem razão
Tudo é agora perdido
Tudo é agora acabado
Tudo esta despedaçado
Tudo esta desperdiçado
Eu estou derrotado
Quando via montanhas se abrindo
Dando-me passagem para o paraíso
Achava isso o Maximo
Achava o poder intenso
Mas tudo acaba
Como um raio ligeiro
E quando você tem o poder do mundo
O mesmo vem e te engole
Assim se acaba o poder
Assim se acaba a vida
Assim morrem as estrelas
Assim extingue-se o Sol
Assim se perde um amor
Assim acaba o mundo.