terça-feira, 31 de agosto de 2010

"Demo" Monopolizado

De rosto colado com o meu mundo,
vejo sendo abafado todos esses
suspiros de dor com a música dos anjos.

O azul suave do céu de vinte e três
de setembro está coberto por um
véu de luto.

Luto para alguns, fruto da exploração
de muitos para deleite de poucos,
e assim a vida flutua ao som
dos anjos.

Força de trabalho para muitos,
Mão de obra para poucos,
“Poucos muitos”
“Muitos poucos”
“Poucos são muitos”
“Muitos são tão poucos que não são quase nada.”

No jogo da vida é assim:
Somos os peões que vestem o véu,
para não contrastar com as sedas
das grandes damas.

O Deus que eles criaram: É nosso!
O executivo legislando: Para nós!
Suas vestes: São lindas!
Seus cabelos: Lisos e sedosos!

Escravos do Deus moeda
cantam, abafam os suspiros
de dor de muitos com o
canto ensinado pelos “poucos.”


“Poucos muitos”
“Muitos poucos”
“Poucos são muitos”
“Muitos são tão poucos que não são quase nada,”
Mas todos amam o poder nas mãos do povo.

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